Após 4 dias seguidos de ondas perfeitas em Snapper Rocks, o Boost Mobile Gold Coast Pro terminou ontem em condições selvagens, com competidores lutando contra ventos fortes, mas ainda assim as condições não prejudicaram a ação com pontuações altas rolando ao longo do dia, a festa no pódio foi australiana, Callum Robson, Sheldon Simkus, Caitlin Simmers e Molly Picklum formavam o quarteto finalista, a única não australiana era a campeã feminina, o fenômeno americano Caitlin Simmers.

A vitória de ontem marcou a segunda vitória em competições do Challenger Series para Caitlin Simmers, de 16 anos. Simmers venceu o US Open of Surfing ano passado em Huntington Beach, California, além disso o fenômeno americano também conquistou sua vaga para a elite em 2022, porém ela recusou e a australiana Molly Picklum, finalista ontem na Gold Cost com ela, foi quem acabou se beneficiando com a ausência de Simmers. Como a próxima na lista de qualificação, Molly acabou herdando a vaga recusada por Caitlin.
A final masculina viu um confronto totalmente australiano entre Callum Robson e Sheldon Simkus. Robson, é um dos rookies do atual no CT, ele passou pelo corte e levou a sua boa fase para a final do Challenger, vencendo Simkus, um surfista local do pico.

“Foi um grande dia para mim e um evento incrível com surf fantástico e vencer é incrível para mim”, disse Robson. “O ano até agora tem sido melhor do que eu poderia ter imaginado. Eu tive um enorme apoio de toda a comunidade da minha cidade natal em Evans Head para surfar nesta turnê e estou feliz em retribuir e colocar Evans Head no mapa.”

As vitórias de Callum e Caitlin se tornam ainda mais relevantes em virtude da presença na Gold Coast de nomes como: kelly Slater, Julian Wilson, Owen Wright, Leonardo Fioravanti, Morgan Cibilic, Stephanie Gilmore, Sally Fitzgibbons e Tyler Wrihgt. Isso mostra que o surfe está em plena transição. É bom lembrar também que além da vitória na Gold Coast, Callum Robson é atualmente o 8º colocado no ranking da elite, e, ainda assim, o australiano surfa com a prancha completamente branca, acredito que, não por muito tempo.
Depois das saídas de Taj, Parko e Mick, unindo às performances pouco consistentes Julian e Owen nos últimos anos, a Austrália, país que dominou o surfe por décadas perdeu muito de sua notoriedade no surfe mundial. Com a final masculina 100% australiana na Gold Coast, e as recentes boas atuações de Jack Robinson, Ethan Ewing e Callum Robson na elite, o país volta a ter um pouco de esperança para frequentar o pelotão de frente do circuito mundial.

Entre os brasileiros Jadson André, Michael Rodrigues e Lucas Silveira foram aqueles que chegaram mais longe na competição da Gold Coast, todos perderam no round dos 24, Snapper foi apenas a primeira etapa das oito que definirão os 10 surfistas que se classificarão para a elite de 2023, o jogo começou e os gringos saíram na frente, mais ainda têm muitas ondas até chegar ao final da corrida em dezembro lá em Haleiwa, só lá saberemos de fato quem é quem na fila da elite.
Próxima etapa do Challenger começa dia 17 de maio em Manly Beach, até lá.
Fonte: WSL

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