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Foto do escritorRedação | Vision Surf |

CBSurf: Conselheiro Fiscal eleito em eleição judicializada pede direito de resposta a Vision.

Vision Surf concede direito de resposta ao Sr. Marco Ferragina, pela matéria “Onde o surfe brasileiro vai parar com essa administração?” publicada em nosso site no dia 15 de maço. Ferragina, foi indicado por algumas Federações para o cargo de membro do Conselho Fiscal da CBSurf, tendo seu nome aprovado por todos os presentes na “eleição” do dia 30/12/20, em pleito que desobedeceu decisão judicial e elegeu Adalvo Argolo pela quarta vez como presidente da entidade.

Segue na integra a resposta do Sr. Marco Ferragina sobre a matéria publicada:


Em 15 de março de 2021, o excelente site Vision Surf publicou matéria entitulada "Onde o surfe brasileiro vai chegar com essa administração", que contém o seguinte trecho: "....nesse circo chamado de "processo eleitoral", comete fraude representativa, elege meia dúzia de pessoas para conselhos, pessoas que tem um único compromisso, manter seu presidente no poder." - fonte: https://www.visionsurf.com.br/post/onde-o-surfe-brasileiro-vai-chegar


Ao ler a matéria acima me senti no direito de apresentar o meu ponto de vista e como cheguei a ser eleito como membro efetivo do Conselho Fiscal da CBSurf para o período 2021-2024.


Me candidatei ao Conselho Fiscal da CBSurf para o período de 2021 a 2024 pois enxerguei uma oportunidade de contribuir para a profissionalização e aprimoramento da gestão, transparência e governança da entidade. Esse momento democrático inédito que estamos vivendo no surf brasileiro acabou gerando uma disputa insana pela cadeira de presidente e vice, mas ninguém prestou atenção para a importância que o Conselho Fiscal da entidade terá neste momento, como órgão fiscalizador dos atos praticados pela diretoria, seja ela qual for.


Se candidatar ao Conselho Fiscal não é e nunca foi um privilégio meu, mas sim um direito que qualquer cidadão brasileiro que lesse o edital, cumprisse com os requisitos e tivesse em pleno gozo de seus direitos, tem igual. Verifiquei que houve várias candidaturas a membro do Conselho Fiscal que não foram habilitadas, uma pena isso ter acontecido pois se houvessem mais candidaturas habilitadas o debate poderia ser mais rico. Lembro também que o processo eleitoral do Conselho Fiscal é totalmente diferente e separado do processo eleitoral da Diretoria.


O Conselho Fiscal, por definição e atribuição estatutária, de acordo com a seção XII artigos 60 e 61 do estatuto da entidade, tem o dever de fiscalizar os atos financeiros praticados pela diretoria, é o órgão que consegue dar transparência e credibilidade para os atos da diretoria, e assim contribuir para a governança da entidade. Por isso enalteço a importância da candidatura dos membros do Conselho Fiscal não estar associada à candidatura de nenhuma chapa concorrente à presidente e vice, senão a transparência almejada com este trabalho pode ser questionada e isso não é bom para a entidade e nem para o esporte. É necessário uma separação clara entre Diretoria e Conselho Fiscal, a fim de manter a autonomia e independência deste último. Todo o trabalho do Conselho Fiscal não é remunerado e a duração do mandato é de 4 anos (nessa eleição de 2021 a 2024).


Na minha opinião, o Conselho Fiscal é e deve se manter sempre como um órgão autônomo e independente, para que tenha total liberdade e autonomia de fiscalizar as contas e atos praticados pela diretoria. Se não houver essa independência o processo democrático fica corrompido. Não aceito em hipótese alguma a ideia de um conselho fiscal submisso e sujeito às decisões da diretoria. Para o Conselho Fiscal não deve importar quem é a pessoa sentada na cadeira de presidente, deve haver impessoalidade nessa relação - por essa razão que não emito opinião ou juízo de valor sobre quem está ou vai ocupar o posto de presidente.


Quero deixar claro que o Conselho Fiscal não tem nenhum plano de projeto, apenas a função de fiscalizar os atos praticados pela diretoria. Os projetos são e devem ser elaborados pela diretoria da entidade.


Acho importante também haver uma reciclagem nos personagens e profissionais ligados à gestão do surf brasileiro, é super importante que pessoas capacitadas da nossa geração possam ocupar cargos relevantes e trazer a régua para cima, necessário esse movimento para tirar as pessoas da zona de conforto habitual.


Ao longo da minha carreira estive envolvido diretamente com a gestão de entidades esportivas e do terceiro setor, como por exemplo Associação Paulista de Surf Universitário (presidente 2008-2010), Associação de Skate Universitário (Fundador 2010 e presidente 2018-2022), Associação de Surf da Grande São Paulo (Vice-Presidente 2013-2015 e 2019-2021), Associação Brasileira da Indústria dos Esportes com Prancha (Fundador e Vice-Presidente 2017-2019), Associação de Surf Feminino (Presidente do Conselho Fiscal 2019-2022) e Federação de Surf do Estado de São Paulo (Diretor de Relações Institucionais 2020-2023). Toda essa bagagem acredito que me capacita e me certifica para ocupar o cargo de membro do Conselho Fiscal da CBSurf para o período 2021-2024.


Por fim, reitero:

- o fato de me candidatar para o Conselho Fiscal foi um ato independente, sem vinculação direta a nenhuma das chapas que estavam concorrendo ao pleito, tanto que tive apoio à minha candidatura de federações distintas e que apoiavam chapas concorrentes ao pleito eleitoral (ex: FESERJ - apoiou o Jojó; Federação de Surf do Estado do Ceará - apoiou o Bocão; Pará e Bahia - apoiaram o Adalvo).

- eu não me candidatei para perpetuar ninguém no poder, pelo contrário, venho com a bandeira da renovação, da meritocracia, da fiscalização efetiva e independente (pilares básicos para a boa governança) - e é por isso que tive o voto de confiança das federações que me apoiaram nesta iniciativa.


Permaneço a disposição por aqui para esclarecer qualquer dúvida e/ou fornecer mais informações.

Um cordial abraço,

Marco Ferragina


___________________

Como pudemos ver, o Sr. Ferragina foi bastante didático, atencioso e até corajoso quando se expõe em um processo onde a maioria das pessoas se escondem atrás de advogados e de mentiras incansavelmente repetidas, contudo, é preciso fazer algumas observações sobre sua resposta, vamos a elas.


1º Quando Sr. Marco diz: “Esse momento democrático inédito que estamos vivendo no surf brasileiro acabou gerando uma disputa insana pela cadeira de presidente e vice...” É preciso dizer que nós não entendemos assim, acreditamos que não houve processo democrático, houve uma tentativa de querer parecer democrático, por trás dos esforços para aparentar uma suposta legalidade, existiram muitas manobras, primeiro, para tirar votos dos outros candidatos, desclassificando algumas Federações com a alegação de documentação pendente, sem informar quais eram essas documentações. Depois a CBSurf criou manobras para desclassificar as chapas do pleito, uma delas foi a exigência de entrega de documentos originais e não por e-mail, na sede da entidade, aquela sede que não existe.

Por isso e muito mais, a justiça reconheceu as tentativas de fraude em duas instancias, que podem ser melhor esclarecidas nesses matérias:





2º Quando Sr. Marco diz: “Verifiquei que houve várias candidaturas a membro do Conselho Fiscal que não foram habilitadas, uma pena isso ter acontecido pois se houvessem mais candidaturas habilitadas o debate poderia ser mais rico...


Pergunto:


A. Quais são os motivos pelos quais essas outras várias candidaturas para membros do conselho fiscal não foram habilitadas?

B. Existe um documento que justifique e oficialize essas desqualificações?

- É necessário repetir que as Federações foram desabilitadas apenas com a justificativa de documentações pendentes.


3º Quando Sr. Marco diz: O Conselho Fiscal, por definição e atribuição estatutária, de acordo com a seção XII artigos 60 e 61 do estatuto da entidade, tem o dever de fiscalizar os atos financeiros praticados pela diretoria, é o órgão que consegue dar transparência e credibilidade para os atos da diretoria.

Se faz necessário informar que nossa crítica ao conselho, por definição e entendimento se dá aos conselheiros que aprovaram os balanços bizarros da instituição ano após ano, balanços que nenhum contador por mais distraído que fosse aprovaria, desde que esse contador não fosse seu gerente financeiro e concedesse três votos por procuração para aprovar suas próprias contas, as contas de um dinheiro que em tese, ele mesmo gastou. Por tanto, por não fazer parte de nenhum conselho fiscal anterior, que ignoraram todos esses fatores, não caberia esse direito de resposta, uma vez que seus atos se darão entre 2021 a 2024, isso, caso a justiça entenda que a farsa realizada possa ser considerada realmente uma eleição, más, nem por isso deixaremos de dar espaço a quem se sinta antecipadamente ofendido.


4º ao afirmar: “Acho importante também haver uma reciclagem nos personagens e profissionais ligados à gestão do surf brasileiro.

Nós da Vision afirmamos que não acreditamos em reciclagem de quem está há onze anos no poder e nesse período matou o surfe brasileiro. Acreditamos sim, em uma mudança completa dos personagens ligados a atual gestão da entidade que rege o surfe brasileiro.


5º Sr. Maco diz: “o fato de me candidatar para o Conselho Fiscal foi um ato independente, sem vinculação direta a nenhuma das chapas que estavam concorrendo ao pleito, tanto que tive apoio à minha candidatura de federações distintas e que apoiavam chapas concorrentes ao pleito eleitoral (ex: FESERJ - apoiou o Jojó; Federação de Surf do Estado do Ceará - apoiou o Bocão; Pará e Bahia - apoiaram o Adalvo).

A Vision entende que ao se apoiar em Federações completamente irregulares como Bahia e Pará “embora a CBSurf considere-as regulares”, o conselheiro mostra-se no mínimo desinformado sobre todo o processo de manutenção de poder de Adalvo Argolo. Quando perguntado pelo whatsapp quem foram as pessoas dessas Federações que indicaram seu nome para o Conselho Fiscal da CBSurf, ele respondeu: OS PRESIDENTES, Marcelo Barros e Noélio Sobrinho.

Não é surpresa para ninguém que Marcelo Barros e Noelio Sobrinho são os fieis escudeiros de Adalvo Argolo, não é surpresa para ninguém que eles são dirigentes completamente irregulares, não é surpresa para ninguém que eles não respondem legalmente pelas Federações, embora assinem contratos e as ATAs fraudulentas da CBSurf, que vem mantendo Argolo no poder ao longo dos anos, por isso, esse colunista entende que, tendo a indicação desses pseudos presidentes, aquilo que ele, Marco Ferragina, entende como ato independente sem vinculação direta a nenhuma das chapas, lhe coloca no mínimo como um inocente útil na estrutura organizacional de manutenção de poder de Adalvo Argolo.


Está registado nesta matéria a visão e os propósitos do Sr. Ferragina, por suas próprias palavras. Embora sua visão sobre gestão esportiva pareça conflitante com a manutenção de poder de Adalvo, além disso, pareça conflitante com o próprio processo que o elegeu, afinal ele foi indicado por Federações irregulares também, e, sendo sua indicação parte de um processo de uma eleição completamente irregular, foi garantido ao Sr. Ferragina o direito de resposta, direito que nós entendemos que ele não tem, mas ainda assim concedemos, vamos aguardar os passos que a justiça dará nesse processo, até lá, direito de resposta me parece algo precipitado, já a treplica, se faz necessária.


A Vision tem como foco o circuito mundial e o surfe competitivo, nós não gostaríamos de publicar quase que semanalmente as notícias geradas pela atual gestão da CBSurf, contudo, depois de décadas de glorias, o surfe brasileiro chegou em um momento tão degradante, que para nós é impossível não trazer essas notícias, que na verdade não deveriam ser parte de nosso conteúdo e sim de páginas policiais, lembramos ainda que nosso compromisso é com a verdade, por isso, tudo que publicamos é pautado em documentos oficiais, dos quais temos cópias, o que nos permite informar corretamente e também emitir opiniões.

Volto a repetir, esperamos que tudo isso passe, e lá na frente olhemos para essa fase como uma página negra da história do surfe brasileiro, uma página que ficou no passado.

Sem mais.




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3 Comments


Bruno Giannini
Bruno Giannini
Mar 26, 2021

Se não existe democracia dentro das instituições do Surf, um conselho fiscal idôneo é uma baita porta pra organizar a situação e levando isso em consideração, o discurso soa bem verdadeiro, faz todo sentido e teria muita força se a causa fosse apoiada. Precisamos unir forças!

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Obrigado pelo espaço e pela cordialidade na relação, Marcos! A cessão do espaço para resposta, mesmo não considerada necessária, ratifica a credibilidade da Vision Surf.

Estarei sempre aberto ao diálogo. Abs!

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karen_hiromi1
Mar 26, 2021
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O surf precisa de mais pessoas assim, com coragem e transparência para dizer a verdade 👏🏻👏🏻

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