Gabriel Medina e Tatiana Weston-Webb estão fora do ISA Games em El Salvador.
Depois de uma perna australiana onde os atletas passaram 14 dias de quarentena, posteriormente competindo em quatro etapas realizadas em quatro cidades diferentes, sem precisar em momento algum fazer uso de mascaras, ficando três meses completamente seguros com relação a contaminação do Corona Virus, os surfistas do time brasileiro que vai para Tóquio, mesmo classificados para as Olimpíadas se viram obrigados a competirem em El Salvador por exigência da Internetional Surfing Association (ISA), sobe pena de perderem suas vagas em caso de não irem.
Em El Salvador, um dos melhores países das américas, se não o melhor para pratica do surfe, as delegações foram testadas, de 51 delegações, 20 delas tiveram membros testando positivo, inclusive o Brasil, com Silvana Lima. Fontes “in loco” afirmam que existia uma pressão muito grande dos atletas profissionais e até da própria WSL para que o evento fosse cancelado, contudo a ISA, realizadora do evento, não o fez.
Depois de surfarem suas primeiras baterias e participarem do evento, como a ISA exige, Gabriel Medina e Tatiana Weston-Webb tomaram a sabia decisão de voltar para casa, embora nenhum dos dois tenham comunicado oficialmente essa decisão em seus perfis, a CBSurf, se antecipou com um comunicado genérico onde eles dizem em seu primeiro parágrafo: “Após conquistarem o primeiro lugar em suas baterias do primeiro round do ISA World Surfing Games 2021, em El Salvador, e, consequentemente carimbarem os seus passaportes para que possam fazer história na estreia do surfe nos jogos olímpicos de Tóquio, à partir do dia de 25 de julho de 2021, Tatiana Weston-Webb e Gabriel Medina tomaram a difícil decisão de deixar o evento com o objetivo de se resguardarem para a sequência desta intensa e desafiante temporada”
Sobre esse comunicado vale fazer as seguintes colocações.
1º Os atletas brasileiros não precisariam ir para El Salvador, todos eles já estavam confirmados nas Olimpíadas pela WSL, inclusive a WSL fez um ritual de entrega da bandeira olímpica para cada atleta classificado na última temporada.
2º Quando a CBSURF diz que Após conquistarem o primeiro lugar em suas baterias do primeiro round do ISA, e, consequentemente carimbarem os seus passaportes para que possam fazer história, ela tenta induzir o público a acreditar que esses atletas ainda dependiam desse resultado, e precisariam correr essa competição, o que é mentira.
3º Depois de três meses na Austrália, os surfistas do tour têm um intervalo de pouco mais de duas semanas para ficarem em casa, uma vez que o Surf Ranch já inicia dia 18 de junho, alguém acredita que essa foi uma difícil decisão? Se não fosse por IMPOSIÇÃO da ISA, eles provavelmente nem iriam para El Salvador!
Como podemos ver o comunicado da CBSurf é cheio de maquiagens e distrações para os desavisados, Gabriel Medina e Tatiana Weston-Webb tomaram a decisão correta, decisão que provavelmente outros surfistas já classificados de outros países devem tomar também.
Em época de pandemia, a ISA deveria dispensar os surfistas já classificados, e realizar a competição para os não classificados em picos como Las Flores e Punta Mango, ou em uma hipótese ruim KM59 e Mizata, locais onde poderiam criar Surf Camps e desta forma uma bolha onde apenas as delegações estariam presentes, a logística seria fácil? Não, mas quem conhece aquele país, sabe que seria bem possível.
Com a decisão tomada por Gabriel Medina e Tati Weston, a nós só resta parabeniza-los. Com relação a Silvana Lima que testou positivo duas vezes, assim que houverem novas notícias, nós informaremos, por hora desejamos a ela uma boa recuperação, e uma boa sorte a Ítalo Ferreira, que até o momento continua no ISA Games.

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