top of page
Foto do escritorRedação | Vision Surf |

Kelly volta no Surf Ranch com prancha especifica para água doce.

Depois de abdicar da perna australiana alegando lesão, Kelly volta a competir na onda que ele criou e certamente tem mais horas de surfe que qualquer outro surfista no planeta, o que lhe dá uma certa vantagem competitiva nas linhas de água doce, não para vencer, essa possibilidade é quase nula, mas sim para fazer boas apresentações que remetem o público aos seus áureos tempos. Em 2018 o Careca ficou com a terceira colocação naquela onda, embora pouca gente lembre, isso porque seu bom resultado foi ofuscado pelo reparo que o trem precisou fazer bem no meio do evento. No ano seguinte o ET não conseguiu o mesmo ritmo e acabou com a décima primeira colocação, esse mau resultado também passou despercebido, já que Gabriel e Filipe fizeram um show à parte roubando todas as nossas atenções. Mesmo treinando muito, a melhor onda de Kelly na piscina foi um 8.60 em 2018, muito pouco para acompanhar o ritmo que Gabriel e Filipe imprimem, eles estão sempre na casa dos nove pontos altos, em 2019 Gabriel marcou 9.93, a onda só não foi 10 porque os juízes confundiram nota com dinheiro e resolveram poupar um pouquinho.

Embora ultimamente Kelly tenha pisado muito na bola, a vida do Careca é marcada por inúmeras contribuições para o surfe, essas contribuições não param, mesmo no ócio competitivo ele está sempre pontuando. Durante esse período longe das competições, Kelly usou seu tempo para desenvolver pranchas feitas especificamente para água doce em parceria com o shaper Akila Aipa, o shaper postou em seu Instagram que está trabalhando com Kelly em um design para o Surf Ranch. Como podemos ver, Kelly tem sempre uma carta na manga para inovações e retornos triunfais, esse é o Careca.

Desde 2017 Kelly vem usando infindavelmente a vaga de lesionado, seja para eventos específicos ou para requalificação, naquele ano ele havia se machucado em Jeffreys Bay, mas ainda em 2017, o maior de todos surfou o Pipemasters. Em 2018 ele competiu apenas algumas poucas etapas, as etapas que quis, fato que resultou na sua não reclassificação, más Kelly, surfista que tem privilégios que nenhum outro jamais teve, usou a vaga de uma lesão que aconteceu em 2017 para voltar em 2019, detalhe, Caio Ibelli que havia se machucado em 2018 perdeu a vaga, Caio só surfou em 2019 porque Adriano ficou fora das quatro primeiras etapas e John John se machucou aqui no Brasil, se não fosse esse conjunto de acontecimentos, o brasileiro teria que voltar para o QS se quisesse voltar para e elite.


Com esse histórico, cabem algumas reflexões:


1º Voltando no Surf Ranch, conseguiria Kelly se requalificar para o ano que vem?

2º Não se requalificando, será que Kelly aplicaria a vaga de lesionado aos 50 anos?

3º Aplicando, para qual dos três: Kelly, John John ou Kolohe, a WSL daria as duas vagas?


Duvidas à parte, acho bom o Kolohe começar a pensar em correr os eventos Challenger Series este ano, ao que tudo indica o Careca vem aí, novinho em folha aos 50 anos, façanha que justificaria em definitivo o apelido de ET.

Boa sorte Kolohe!



985 visualizações0 comentário

Comments


bottom of page